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segunda-feira, 14 de julho de 2014

O valor da música mineira

De famílias que há muitas gerações se dedicam à educação e à música, nasceu em São Brás do Suaçuí, em 1981, o grupo Coral. Primeiro da região a buscar ajuda profissional, o Coral Proto-Harmônico se desenvolveu e tornou muito conhecido, chegando inclusive a figurar na mídia nacional como um dos grandes grupos corais brasileiro. Em 2001, integrantes deste grupo, com a liderança de Christina Amâncio, fundaram a Escola de Música de São Brás do Suaçuí. Foi firmada nesta época uma parceria com a Gerdau Açominas e o governo, através das leis de incentivo à cultura. A Escola, desde então, vem passando por um intenso crescimento e hoje é um centro regional de ensino de qualidade, atraindo alunos de várias cidades. A Associação Coro e Orquestra de São Brás está se transformando na Fundação Cultural Jessé Pacheco.

Roberta Amâncio (25), ex-aluna e professora da escola, conta um pouco de sua história. “Bom, eu comecei fazendo monitoria na Escola de Música. Por volta dos 15 anos, trabalhei com a percepção musical (tanto na escola de música, quanto na escola municipal), um pouquinho com flauta doce e também com violino. Depois da faculdade comecei a trabalhar como professora de violino do nível básico (iniciação até os primeiros concertos de violino)”. Ela conta ainda como ama seu trabalho: “Gosto de tocar com a orquestra e de dar aulas de violino para as crianças, ainda mais agora que estou buscando fazer cursos de capacitação de professores. Adoro ver os meus alunos se apresentando! Atualmente tenho 18 alunos de violino, dez são novatos.” Completa: “Em 2008 comecei a estudar na UFSJ. Fiz licenciatura em Música com habilitação em violino”.

Christina Amâncio, diretora da escola, conta como tudo começou. “Eu sempre gostei de música, sempre foi minha vocação e missão ensinar. Agora quando abri a escola fui guiada por uma busca interna, difícil de definir na época, sabia só do desejo. Hoje sei que ele me conduz à oportunidade de exercitar uma filosofia de vida. A escola começou em janeiro de 2001. Hoje trabalhamos com todas as crianças de três a doze anos  de São Brás - na escola pública - e cerca de 100 na escola de música de São Brás e região. Temos nove professores do curso básico, três no curso médio e três regentes.”

Sobre os alunos e outras experiências, Christina afirma: “Como escola, nosso público são crianças e adolescentes. Como grupos que fazem música não temos um público específico. Na verdade tentamos levar a oportunidade de contato com arte, e isto custa caro. Então fazemos de graça para que todos possam ter igual acesso. A experiência mais bonita acontece quando em aula ou em concerto conseguimos entrar em sintonia e tocamos ou cantamos a um só coração. Esta é a maior dádiva da música, o contato com a unidade.”

A preparação dos alunos é totalmente estruturada. Alguns alunos  da Escola foram aprovados em vestibular apenas com curso básico. As universidades tem uma imensa variação no nível dos cursos, o que faz com que eles se sintam preparados para um ingresso em qualquer universidade.

Matheus Filipe (18), aluno da escola, fala sobre a escolha de seu instrumento e futuro, “escolhi o oboé por causa da sonoridade e pelos vários recursos que ele oferece. Toquei pouco tempo de viola e me especializo também em piano, nesse momento. Quando comecei, aos onze anos, tive dificuldade em entender o sentimentalismo e a sonoridade necessária para tocar a música “Saudade”, na qual faço solo. Toco há quase oito anos. Pretendo fazer faculdade, primeiramente, de música popular na UFMG neste ano, e futuramente, farei também de oboé.”



Christina Amâncio, Matheus Filipe e Roberta Amâncio


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